Samyutta Nikaya LV.40

Nandiyasakka Sutta

Nandiya

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Em certa ocasião, o Abençoado estava entre os Sakyas em Kapilavatthu, no Parque de Nigrodha. Então, o Sakya Nandiya foi até o Abençoado e depois de cumprimentá-lo sentou a um lado e disse:

“Venerável senhor, quando os quatro fatores para entrar na correnteza estão completamente e totalmente ausentes num nobre discípulo, então aquele nobre discípulo seria um dos que permanece na negligência?”

“Nandiya, eu digo que uma pessoa, para quem os quatro fatores daquele que entrou na correnteza estão completamente e totalmente ausentes, é uma forasteira, alguém que faz parte da facção dos mundanos. [1] Mas, Nandiya, quanto a como um nobre discípulo é aquele que permanece na negligência e aquele que permanece na diligência, ouça e preste muita atenção àquilo que vou dizer.”

“Sim, venerável senhor,” o Sakya Nandiya respondeu. O Abençoado disse o seguinte:

“E como, Nandiya, um nobre discípulo é alguém que permanece na negligência? Aqui, Nandiya, um nobre discípulo possui perfeita claridade, serenidade e confiança no Buda assim: ‘O Abençoado é ... mestre de devas e humanos, iluminado, sublime.’ Satisfeito com essa perfeita claridade, serenidade e confiança no Buda, ele não faz esforço adicional pela solidão durante o dia e pelo isolamento durante a noite. Quando ele assim permanece negligente, não há satisfação. [2] Quando não há satisfação, não há êxtase. Quando não há êxtase, o corpo não fica calmo. Quando não há calma, ele permanece no sofrimento. A mente daquele que sofre não se torna concentrada. Quando a mente não está concentrada, os fenômenos não se manifestam. E porque os fenômenos não se manifestam considera-se que ele é ‘alguém que permanece na negligência.’

“Outra vez, Nandiya, um nobre discípulo possui perfeita claridade, serenidade e confiança no Dhamma ... na Sangha ... Ele possui as virtudes apreciadas pelos nobres – intactas ... que conduzem à concentração. Satisfeito com essas virtudes, ele não faz esforço adicional pela solidão durante o dia e pelo isolamento durante a noite. Quando ele assim permanece negligente, não há satisfação. Quando não há satisfação, não há êxtase. Quando não há êxtase, o corpo não fica calmo. Quando não há calma, ele permanece no sofrimento. A mente daquele que sofre não se torna concentrada. Quando a mente não está concentrada, os fenômenos não se manifestam. E porque os fenômenos não se manifestam considera-se que ele é ‘alguém que permanece na negligência.’

“É dessa forma, Nandiya, que alguém permanece na negligência

“E como, Nandiya, um nobre discípulo é alguém que permanece na diligência? Aqui, Nandiya, um nobre discípulo possui perfeita claridade, serenidade e confiança no Buda assim: ‘O Abençoado é ... mestre de devas e humanos, iluminado, sublime.’ Não satisfeito com essa perfeita claridade, serenidade e confiança no Buda, ele faz esforço adicional pela solidão durante o dia e pelo isolamento durante a noite. Quando ele assim permanece diligente, a satisfação surge. Quando há satisfação, o êxtase surge. Quando a mente é alçada pelo êxtase, o corpo fica calmo. Com o corpo calmo, ele experimenta a felicidade. A mente daquele que sente felicidade, se torna concentrada. Quando a mente está concentrada, os fenômenos se manifestam. E porque os fenômenos se manifestam considera- se que ele é ‘alguém que permanece na diligência.’

“Outra vez, Nandiya, um nobre discípulo possui perfeita claridade, serenidade e confiança no Dhamma ... na Sangha ... Ele possui as virtudes apreciadas pelos nobres – intactas ... que conduzem à concentração. Não satisfeito com essas virtudes, ele faz esforço adicional pela solidão durante o dia e pelo isolamento durante a noite. Quando ele assim permanece diligente, a satisfação surge. Quando há satisfação, o êxtase surge. Quando a mente é alçada pelo êxtase, o corpo fica calmo. Com o corpo calmo, ele experimenta a felicidade. A mente daquele que sente felicidade, se torna concentrada. Quando a mente está concentrada, os fenômenos se manifestam. E porque os fenômenos se manifestam considera- se que ele é ‘alguém que permanece na diligência.’

“É dessa forma, Nandiya, que alguém permanece na diligência.”

 


 

Notas:

[1] Igual ao SN XLVIII.18. [Retorna]

[2] A partir deste ponto igual ao SN XXXV.97. [Retorna]

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Revisado: 9 Maio 2014

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