Majjhima Nikaya 125

Dantabhumi Sutta

O Grau dos Domados

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1. Assim ouvi. Em certa ocasião o Abençoado estava em Rajagaha, no Bambual, no Santuário dos Esquilos.

2. Agora, naquela ocasião o noviço Aciravata estava vivendo numa cabana na floresta. Então o Príncipe Jayasena, enquanto perambulava e caminhava fazendo exercício, foi até o noviço Aciravata e ambos se cumprimentaram. [1] Quando a conversa amigável e cortês havia terminado, ele sentou a um lado e disse para o noviço Aciravata: “Mestre Aggivessana, eu ouvi que um bhikkhu que aqui permanece diligente, ardente e decidido pode alcançar a unificação da mente.”

“Assim é, príncipe, assim é. Um bhikkhu que aqui permanece diligente, ardente e decidido pode alcançar a unificação da mente.”

3. “Seria bom se o Mestre Aggivessana pudesse me ensinar o Dhamma tal como ele o ouviu e compreendeu.”

“Eu não posso ensinar-lhe o Dhamma, príncipe, tal como o ouvi e compreendi. Pois se eu lhe fosse ensinar o Dhamma tal como o ouvi e compreendi, você não iria entender o significado das minhas palavras e isso seria fatigante e problemático para mim.”

4. “Que o Mestre Aggivessana me ensine o Dhamma tal como ele o ouviu e compreendeu. Talvez eu possa entender o significado das suas palavras.”

“Eu ensinarei o Dhamma, príncipe, tal como eu o ouvi e compreendi. Se você puder entender o significado das minhas palavras, isso será bom. Mas se você não puder entender o significado, então deixe estar e não me faça mais perguntas a respeito.”

“Que o Mestre Aggivessana ensine o Dhamma para mim tal como ele o ouviu e compreendeu. Se eu puder entender o significado das suas palavras, isso será bom. Se eu não puder entender o significado, então deixarei estar e não farei mais perguntas a respeito.”

5. Então o noviço Aciravata ensinou o Dhamma ao Príncipe Jayasena tal como ele o ouviu e compreendeu. Depois de ele ter falado, o Príncipe Jayasena observou: “É impossível, Mestre Aggivessana, não pode ser que um bhikkhu que permanece diligente, ardente e decidido possa alcançar a unificação da mente.” Então, tendo declarado ao noviço Aciravata que aquilo era impossível e que não poderia acontecer, o Príncipe Jayasena levantou do seu assento e partiu.

6. Pouco depois do Príncipe Jayasena ter partido, o noviço Aciravata foi até o Abençoado. Depois de cumprimentá-lo, ele sentou a um lado e relatou toda a conversa com o Príncipe Jayasena. Quando ele terminou, o Abençoado disse:

7. “Aggivessana, como é possível que o Príncipe Jayasena, vivendo no meio dos prazeres sensuais, desfrutando dos prazeres sensuais, sendo devorado por pensamentos de prazeres sensuais, sendo consumido pela febre dos prazeres sensuais, empenhado na busca por prazeres sensuais, possa saber, ver ou compreender aquilo que deve ser entendido através da renúncia, visto através da renúncia, alcançado através da renúncia, realizado através da renúncia? Isso é impossível.

8. “Suponha [2] Aggivessana, que houvesse dois elefantes, ou cavalos, ou bois, que estivessem bem domados e bem disciplinados, e dois elefantes, ou cavalos, ou bois, que estivessem indomados e indisciplinados. O que você pensa Aggivessana? Os dois elefantes, ou cavalos, ou bois, que estivessem bem domados e bem disciplinados, estando amansados eles adquiririam o comportamento dos domados, eles obteriam o grau dos domados?” – “Sim, venerável senhor.” – “E os dois elefantes, ou cavalos, ou bois, que estivessem indomados e indisciplinados, estando indomados eles adquiririam o comportamento dos domados, eles obteriam o grau dos domados, igual aos dois elefantes, ou cavalos, ou bois que estavam bem domados e bem disciplinados?” – “Não, venerável senhor.” – “Assim também, Aggivessana, é impossível que o Príncipe Jayasena, vivendo no meio dos prazeres sensuais, ... possa saber, ver ou compreender aquilo que deve ser entendido através da renúncia, visto através da renúncia, alcançado através da renúncia, realizado através da renúncia.

9. “Suponha, Aggivessana, que houvesse uma montanha alta não muito distante de um vilarejo ou cidade e dois amigos saíssem do vilarejo ou cidade e fossem até a montanha. Tendo chegado, um dos amigos permaneceria no pé da montanha enquanto que o outro subiria até o topo. Então o amigo que permaneceu embaixo no pé da montanha diria ao amigo que estava no topo: ‘Bem, amigo, o que você está vendo, estando em pé no topo da montanha?’ E o outro responderia: ‘Em pé no topo da montanha, amigo, eu vejo belos parques, belos bosques, belas campinas e belos lagos.’ Então o primeiro amigo diria: ‘É impossível, amigo, não pode ser que estando em pé no topo da montanha você possa ver belos parques, belos bosques, belas campinas e belos lagos.’

“Então o outro amigo desceria até o pé da montanha, tomaria o seu amigo pelo braço e o ajudaria a subir até o topo da montanha. Depois de dar a ele alguns momentos para que recuperasse a respiração, ele perguntaria: ‘Bem, amigo, estando aqui em pé no topo da montanha, o que você vê?’ E o seu amigo responderia: ‘Em pé no topo da montanha, amigo, eu vejo belos parques, belos bosques, belas campinas e belos lagos.’ Então o outro diria: ‘Amigo, há pouco ouvi você dizer: “É impossível, amigo, não pode ser que estando em pé no topo da montanha você possa ver belos parques, belos bosques, belas campinas e belos lagos.” Mas agora mesmo ouvi você dizer: “Em pé no topo da montanha, amigo, eu vejo belos parques, belos bosques, belas campinas e belos lagos.”’ Então o primeiro amigo responderia: ‘Como eu estava obstruído por esta montanha elevada, amigo, eu não via aquilo que havia para ser visto.”

10. “Assim também, Aggivessana, o Príncipe Jayasena está obstruído, impedido, bloqueado e envolvido por uma massa ainda maior que essa – a massa da ignorância. Portanto, é impossível que o Príncipe Jayasena, vivendo no meio dos prazeres sensuais, ... possa saber, ver ou compreender aquilo que deve ser entendido através da renúncia, visto através da renúncia, alcançado através da renúncia, realizado através da renúncia.

11. “Aggivessana, se esses dois símiles lhe tivessem ocorrido com (relação a) o Príncipe Jayasena, ele teria espontaneamente adquirido confiança em você, e tendo confiança ele teria lhe mostrado confiança.”

“Venerável senhor, como poderiam esses dois símiles ter ocorrido a mim com (relação a) o Príncipe Jayasena da forma como eles ocorrem para o Abençoado, visto que eles são espontâneos e nunca foram ouvidos antes?”

12. “Suponha, Aggivessana, que um nobre rei ungido se dirija ao seu mateiro da seguinte forma: ‘Bom mateiro, monte no elefante real, entre na floresta de elefantes e quando você vir um elefante da floresta, amarre-o pelo pescoço ao elefante real.’ Tendo respondido ‘Sim, senhor,’ o mateiro monta no elefante real, entra na floresta de elefantes e ao ver um elefante da floresta ele o amarra pelo pescoço ao elefante real. O elefante real o conduz para o descampado. É assim que um elefante da floresta vem para o descampado; pois o elefante da floresta se apega à floresta dos elefantes.

“Então o mateiro informa ao nobre rei ungido: ‘Senhor, o elefante da floresta veio para o descampado.’ O rei se dirige ao seu domesticador de elefantes da seguinte forma: ‘Venha, bom domesticador de elefantes, domestique o elefante da floresta. Subjugue os seus hábitos da floresta, subjugue as suas memórias e intenções da floresta, subjugue a sua aflição, cansaço e febre por ter deixado a floresta. Faça com que ele se delicie com a cidade, inculque nele os hábitos compatíveis com os seres humanos.’ Tendo respondido ‘Sim, senhor,’ o domesticador de elefantes planta um grande poste na terra e amarra nele o elefante pelo pescoço de modo a subjugar os seus hábitos da floresta … e para inculcar nele os hábitos compatíveis com os seres humanos.

“Então o domesticador de elefantes se dirige ao elefante com palavras que são gentis, que agradam aos ouvidos, carinhosas, que penetram o coração, que são corteses, desejadas por muitos e que agradam a muitos. Quando o elefante da floresta é dirigido com tais palavras, ele ouve, dá atenção e esforça a mente para compreender. O domesticador de elefantes em seguida o recompensa com forragem e água. Quando o elefante da floresta aceita dele a forragem e a água, o domesticador de elefantes sabe: ‘Agora o elefante do rei irá viver!’

“Então o domesticador de elefantes o treina mais assim: ‘Levante isto, abaixe isto!’ Quando o elefante real obedece as ordens do seu domesticador para levantar e abaixar e executa as suas instruções, o domesticador de elefantes o treina mais assim: ‘Vá para frente, vá para trás!’ Quando o elefante real obedece as ordens do seu domesticador para ir para frente e para trás e executa as suas instruções, o domesticador de elefantes o treina mais assim: ‘Fique em pé, sente!’ Quando o elefante real obedece as ordens do seu domesticador para ficar em pé e sentar e executa as suas instruções, o domesticador de elefantes o treina mais na tarefa chamada imperturbabilidade. Ele amarra uma imensa tábua na tromba dele; um homem com uma lança senta sobre o seu pescoço; homens com lanças nas mãos o cercam por todos os lados; e o próprio domesticador de elefantes fica em pé à frente dele segurando uma grande lança. Quando o elefante está sendo treinado na tarefa da imperturbabilidade, ele não move as suas patas dianteiras nem as traseiras; ele não move os seus quartos dianteiros nem os traseiros; ele não move a cabeça, orelhas, presas, rabo ou tromba. O elefante do rei é capaz de suportar os golpes de lanças, golpes de espadas, golpes de flechas, golpes de outros seres, e o ruído retumbante de tambores, timbales, trombetas e tantãs. Tendo eliminado todas as falhas e defeitos, purificado as imperfeições, ele é digno do rei, de servir ao rei, considerado como um dos fatores de um rei.

13-14. “Assim também, Aggivessana, um Tathagata surge no mundo, um arahant, perfeitamente iluminado ... (igual ao MN 51, versos 12-13) ... raspa o seu cabelo e barba, veste o manto de cor ocre e segue a vida santa. É dessa forma que um nobre discípulo vem para o descampado; pois devas e humanos se apegam aos cinco elementos do prazer sensual.

15. “Então o Tathagata o disciplina mais da seguinte forma: Venha Bhikkhu, seja virtuoso, contido pelas regras do Patimokkha, seja perfeito na conduta e na sua esfera de atividades, temendo a menor falha, treine adotando os preceitos de virtude.’

16. “Quando, Aggivessana, o nobre discípulo é virtuoso ... teme a menor falha e treina adotando os preceitos de virtude então o Tathagata o disciplina mais da seguinte forma: ‘Venha Bhikkhu, ao ver uma forma com o olho, não se agarre aos seus sinais ou detalhes. Visto que, se permanecer com a faculdade do olho descuidada, você será tomado pelos estados ruins e prejudiciais de cobiça e tristeza. Pratique a contenção, proteja a faculdade do olho, empenhe-se na contenção da faculdade do olho. Ao ouvir um som com o ouvido ... Ao cheirar um aroma com o nariz … Ao saborear um sabor com a língua … Ao tocar algo tangível com o corpo … Ao conscientizar um objeto mental com a mente, não se agarre aos seus sinais ou detalhes. Visto que, se permanecer com a faculdade da mente descuidada, você será tomado pelos estados ruins e prejudiciais de cobiça e tristeza. Pratique a contenção, proteja a faculdade da mente, empenhe-se na contenção da faculdade da mente.’

17. “Quando, Aggivessana, o nobre discípulo guarda as portas dos meios dos sentidos então o Tathagata o disciplina mais da seguinte forma: ‘Venha Bhikkhu, seja moderado na alimentação. Refletindo de maneira sábia, o alimento não deve ser tomado como forma de diversão ou para embriaguez, tampouco com o objetivo de embelezamento e para ser mais atraente, somente com o propósito de manter a resistência e continuidade desse corpo, como forma de dar um fim ao desconforto e para auxiliar a vida santa. Considerando: ‘Dessa forma darei um fim às antigas sensações (de fome) sem despertar novas sensações (de comida em excesso) e serei saudável e sem culpa e viverei em comodidade.’”

18. “Quando, Aggivessana, o nobre discípulo é moderado na alimentação então o Tathagata o disciplina mais da seguinte forma:Venha Bhikkhu, seja dedicado à vigilância. Durante o dia, enquanto estiver caminhando para lá e para cá e sentado, purifique a sua mente dos estados obstrutivos. Na primeira vigília da noite, e enquanto estiver caminhando para lá e para cá e sentado, purifique a sua mente dos estados obstrutivos. Na segunda vigília da noite você deve se deitar para dormir, no seu lado direito, na postura do leão com um pé sobre o outro, atento e plenamente consciente, após anotar na sua mente o horário para levantar. Após levantar-se, na terceira vigília da noite, enquanto estiver caminhando para cá e para lá e sentado, purifique a sua mente dos estados obstrutivos.’

19. “Quando, Aggivessana, o nobre discípulo é vigilante então o Tathagata o disciplina mais da seguinte forma: Venha Bhikkhu, possua atenção plena e consciência plena. Aja com plena consciência ao ir para a frente e retornar; aja com plena consciência ao olhar para frente e desviar o olhar; aja com plena consciência ao dobrar e estender os membros; aja com plena consciência ao carregar o manto externo, o manto superior, a tigela; aja com plena consciência ao comer, beber, mastigar e saborear; aja com plena consciência ao urinar e defecar; aja com plena consciência ao caminhar, ficar em pé, sentar, dormir, acordar, falar e permanecer em silêncio.’

20. “Quando, Aggivessana, o nobre discípulo possui atenção plena e consciência plena então o Tathagata o disciplina mais da seguinte forma: Venha Bhikkhu, busque um lugar isolado: na floresta, à sombra de uma árvore, uma montanha, uma ravina, uma caverna em uma encosta, um cemitério, um matagal, um espaço aberto, uma cabana vazia.’

21. “Ele procura um local isolado: na floresta .... uma cabana. Depois de esmolar alimentos, após a refeição, ele senta com as pernas cruzadas, mantém o corpo ereto e estabelece a plena atenção à sua frente. Abandonando a cobiça pelo mundo, ele permanece com a mente livre de cobiça; ele purifica sua mente da cobiça. Abandonando a má vontade ele permanece com a mente livre de má vontade, compadecido pelo bem-estar de todos seres vivos; ele purifica sua mente da má vontade. Abandonando a preguiça e o torpor, ele permanece livre da preguiça e do torpor, percebendo a luz, e plenamente consciente; ele purifica sua mente da preguiça e do torpor. Abandonando a inquietação e a ansiedade, ele permanece calmo com a mente em paz; ele purifica sua mente da inquietação e da ansiedade. Abandonando a dúvida, ele assim permanece tendo superado a dúvida, sem perplexidade em relação a qualidades mentais hábeis; ele purifica a mente da dúvida.

22. “Tendo assim abandonado esses 5 obstáculos, imperfeições da mente que enfraquecem a sabedoria, ele permanece contemplando o corpo como um corpo, ardente, plenamente consciente e com atenção plena, tendo colocado de lado a cobiça e o desprazer pelo mundo. Ele permanece contemplando as sensações como sensações ... a mente como mente ... objetos mentais como objetos mentais, ardente, plenamente consciente e com atenção plena, tendo colocado de lado a cobiça e o desprazer pelo mundo. [3]

23. “Da mesma forma, Aggivessana, que o domesticador de elefantes planta um grande poste na terra e amarra nele o elefante pelo pescoço de modo a subjugar os seus hábitos da floresta … e para inculcar nele os hábitos compatíveis com os seres humanos, os quatro fundamentos da atenção plena são as ataduras para a mente do nobre discípulo, para subjugar os seus hábitos baseados na vida em família, subjugar as suas memórias e intenções da vida em família, subjugar a sua aflição, cansaço e febre por ter deixado a vida em família e para que ele possa realizar o verdadeiro caminho e realizar Nibbana.

24. “Então o Tathagata o disciplina mais: ‘Venha, bhikkhu, permaneça contemplando o corpo como um corpo mas não pense pensamentos conectados com o corpo; permaneça contemplando as sensações como sensações mas não pense pensamentos conectados com as sensações; permaneça contemplando a mente como mente mas não pense pensamentos conectados com a mente; permaneça contemplando objetos mentais como objetos mentais mas não pense pensamentos conectados com objetos mentais.’

25. “Silenciando o pensamento aplicado e sustentado, um bhikkhu entra e permanece no segundo jhana [4] ... no terceiro jhana ... no quarto jhana.

26-29. "Com a sua mente dessa forma concentrada, purificada ... (Igual ao MN 51, versos 24-27) ... Ele compreende que ‘O nascimento foi destruído, a vida santa foi vivida, o que deveria ser feito foi feito, não há mais vir a ser a nenhum estado.’

30. “Esse bhikkhu é capaz de agüentar o frio e o calor, fome e sede, o contato com moscas, mosquitos, vento, sol e criaturas rastejantes; ele é capaz de agüentar palavras ditas de forma grosseira, desagradáveis e sensações no corpo que são dolorosas, penetrantes, torturantes, desagradáveis, perigosas e que ameaçam a vida. Tendo eliminado toda cobiça, raiva e delusão e purificado as imperfeições, ele é merecedor de dádivas, merecedor de hospitalidade, merecedor de oferendas, merecedor de saudações com reverência, um campo inigualável de mérito para o mundo.

31. “Se, Aggivessana, o elefante real morre velho indomesticado e indisciplinado, então ele é considerado um elefante velho que morreu uma morte indomesticada. Se o elefante real morre na meia idade indomesticado e indisciplinado, então ele é considerado um elefante na meia idade que morreu uma morte indomesticada. Se o elefante real morre jovem indomesticado e indisciplinado, então ele é considerado um elefante jovem que morreu uma morte indomesticada. Da mesma forma, Aggivessana, se um bhikkhu sênior morre com as impurezas não destruídas, então ele é considerado um bhikkhu sênior que morreu uma morte indomesticada. Se um bhikkhu intermediário morre com as impurezas não destruídas, então ele é considerado um bhikkhu intermediário que morreu uma morte indomesticada. Se um bhikkhu júnior morre com as impurezas não destruídas, então ele é considerado um bhikkhu júnior que morreu uma morte indomesticada.

32. “Se, Aggivessana, o elefante real morre velho bem domesticado e bem disciplinado, então ele é considerado um elefante velho que morreu uma morte domesticada. Se o elefante real morre na meia idade bem domesticado e bem disciplinado, então ele é considerado um elefante na meia idade que morreu uma morte domesticada. Se o elefante real morre jovem bem domesticado e bem disciplinado, então ele é considerado um elefante jovem que morreu uma morte domesticada. Da mesma forma, Aggivessana, se um bhikkhu sênior morre com as impurezas destruídas, então ele é considerado um bhikkhu sênior que morreu uma morte domesticada. Se um bhikkhu intermediário morre com as impurezas destruídas, então ele é considerado um bhikkhu intermediário que morreu uma morte domesticada. Se um bhikkhu júnior morre com as impurezas destruídas, então ele é considerado um bhikkhu júnior que morreu uma morte domesticada.

Isso foi o que disse o Abençoado. O noviço Aciravata ficou satisfeito e contente com as palavras do Abençoado.

 


 

Notas:

[1] MA identifica o Príncipe Jayasena como sendo o filho do Rei Bimbisara. [Retorna]

[2] O mesmo símile do MN 90.11. [Retorna]

[3] Observe que aqui são explicados os quatro fundamentos da atenção plena onde em geral são expostos os quatro jhanas.[Retorna]

[4] Como a explicação começa diretamente com o segundo jhana, isso sugere que a passagem anterior sobre o desenvolvimento dos fundamentos da atenção plena deve de modo implícito ter abrangido o primeiro jhana. [Retorna]

 

 

Revisado: 16 Abril 2013

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