Majjhima Nikaya 105
Sunakkhatta Sutta
Para Sunakkhatta
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1. Assim
ouvi. Em certa ocasião o Abençoado estava em Vesali na Grande Floresta no Salão
com um pico na cumeeira.
2. Agora
naquela ocasião um grande número de bhikkhus haviam declarado o conhecimento
supremo na presença do Abençoado desta forma: “Nós compreendemos: O nascimento
foi destruído, a vida santa foi vivida, o que deveria ser feito foi feito, não
há mais vir a ser a nenhum estado.”
3.
Sunakkhatta, filho dos Licchavis,[1] ouviu: “Um grande número de bhikkhus, parece,
declararam o conhecimento supremo na presença do Abençoado desta forma: ‘Nós
compreendemos: O nascimento foi destruído, a vida santa foi vivida, o que
deveria ser feito foi feito, não há mais vir a ser a nenhum estado.’” Então
Sunakkhatta, filho dos Licchavis, foi até o Abençoado e depois de cumprimentá-lo,
sentou a um lado e disse para o Abençoado:
4. “Eu
ouvi, venerável senhor, que um grande
número de bhikkhus declararam o conhecimento supremo na presença do Abençoado.
Eles assim o fizeram com justiça ou existem alguns bhikkhus que declararam o
conhecimento supremo por que eles se superestimam?”
5. “Quando
aqueles bhikkhus, Sunakkhatta, declararam o conhecimento supremo na minha
presença, houve alguns bhikkhus que declararam o conhecimento supremo com
justiça e houve alguns que declararam o conhecimento supremo porque eles se
superestimam. [2] Com respeito a isso, quando os bhikkhus declaram o conhecimento supremo com justiça, a sua
declaração é verdadeira. Mas quando os bhikkhus declaram o conhecimento supremo
porque eles se superestimam, o Tathagata pensa: ‘Que eu lhes ensine o Dhamma.’
[3] Portanto é neste
caso, Sunakkhatta, que o Tathagata pensa: ‘Que eu lhes ensine o Dhamma.’ Mas
alguns homens tolos formulam uma questão, vêm até o Tathagata e perguntam. Nesse
caso, Sunakkhatta, embora o Tathagata tenha pensado: ‘Que eu lhes ensine o
Dhamma,’ ele muda de idéia.” [4]
6. “Este é o momento, Abençoado, este é o momento, Iluminado, para que o
Abençoado ensine o Dhamma. Tendo ouvido do Abençoado, os bhikkhus o
recordarão.”
“Então
ouça, Sunakkhatta, e preste muita atenção ao que eu vou dizer.”
“Sim,
venerável senhor, Sunakkhatta, filho dos Licchavis, respondeu para o Abençoado.
O Abençoado disse o seguinte:
7.
“Existem, Sunakkhatta, esses cinco elementos do prazer sensual. Quais cinco?
Formas percebidas pelo olho que são desejáveis, agradáveis e fáceis de serem
gostadas, conectadas com o desejo sensual e que provocam a cobiça. Sons
percebidos pelo ouvido ... Aromas percebidos pelo nariz … Sabores percebidos
pela língua … Tangíveis percebidos pelo corpo que são desejáveis, agradáveis e
fáceis de serem gostados, conectados com o desejo sensual e que provocam a
cobiça. Esses são os cinco elementos do prazer sensual.
8. “É
possível, Sunakkhatta, que uma pessoa se empenhe pelas coisas materiais mundanas.
[5] Quando uma pessoa
se empenha pelas coisas materiais mundanas, somente a conversa sobre esse tipo de
coisa lhe interessa e os seus pensamentos e ponderações estão de acordo com
isso e ela se associa com esse tipo de pessoa e encontra satisfação através
disso. Mas quando a conversa sobre o imperturbável estiver ocorrendo, ela não
irá ouví-la ou dar-lhe atenção ou esforçar a mente para compreendê-la. Ela não
se associa com esse tipo de pessoa e não encontra satisfação através disso.
9.
“Suponha, Sunakkhatta, que um homem tenha deixado seu vilarejo ou cidade há
muito tempo e ele fosse visitar um outro homem que apenas recentemente tivesse
deixado aquele vilarejo ou cidade. Ele perguntaria ao homem se as pessoas
daquele vilarejo ou cidade estavam bem, prósperas e saudáveis e o homem lhe
contaria se as pessoas daquele vilarejo ou cidade estavam bem, prósperas e
saudáveis. O que você pensa, Sunakkhatta? O primeiro homem ouviria o outro,
daria atenção a ele e esforçaria a mente para compreender?” – “Sim, venerável
senhor.” – “Da mesma forma, Sunakkhatta, é possível que uma pessoa tenha
empenho por coisas materiais mundanas. Quando uma pessoa tem empenho por coisas
materiais mundanas ... e não encontra satisfação através disso. Ela deve ser
compreendida como uma pessoa que tem empenho por coisas materiais mundanas.
10. “É
possível, Sunakkhatta, que uma pessoa se empenhe pelo imperturbável. [6] Quando uma pessoa
se empenha pelo imperturbável, somente a conversa sobre esse tipo de coisa lhe
interessa e os seus pensamentos e ponderações estão de acordo com isso e ela
se associa com esse tipo de pessoa e encontra satisfação através disso. Mas quando
a conversa sobre coisas materiais mundanas estiver ocorrendo, ela não irá
ouví-la ou dar-lhe atenção ou esforçar a mente para compreendê-la. Ela não se
associa com esse tipo de pessoa e não
encontra satisfação através disso.
11. “Tal
como uma folha amarelada que caiu do galho é incapaz de se tornar verde outra
vez, da mesma forma, Sunakkhatta, quando uma pessoa tem empenho pelo
imperturbável, ela removeu o grilhão das coisas materiais mundanas. Ela, que
tem empenho pelo imperturbável, deve ser compreendida como uma pessoa não
aprisionada pelo grilhão das coisas materiais mundanas.
12. “É
possível, Sunakkhatta, que uma pessoa se empenhe pela base do nada. Quando uma
pessoa se empenha pela base do nada, somente a conversa sobre esse tipo de
coisa lhe interessa e os seus pensamentos e ponderações estão de acordo com
isso e ela se associa com esse tipo de pessoa e encontra satisfação através
disso. Mas quando a conversa sobre o imperturbável estiver ocorrendo, ela não
irá ouví-la ou dar-lhe atenção ou esforçar a mente para compreendê-la. Ela não
se associa com esse tipo de pessoa e não encontra satisfação através disso.
13. “Tal
como uma pedra compacta que tenha sido partida em dois não pode ser juntada
outra vez, da mesma forma, Sunakkhatta, quando uma pessoa tem empenho pela base
do nada, ela partiu o grilhão do imperturbável. Ela, que tem empenho pela base
do nada, deve ser compreendida como uma pessoa não aprisionada pelo grilhão do
imperturbável.
14. “É
possível, Sunakkhatta, que uma pessoa se empenhe pela base da nem percepção,
nem não percepção. Quando uma pessoa se empenha pela base da nem percepção, nem
não percepção, somente a conversa sobre esse tipo de coisa lhe interessa e os
seus pensamentos e ponderações estão de acordo com isso e ela se associa com
esse tipo de pessoa e encontra satisfação através disso. Mas quando a conversa
sobre a base do nada estiver ocorrendo, ela não irá ouví-la ou dar-lhe atenção
ou esforçar a mente para compreendê-la. Ela não se associa com esse tipo de
pessoa e não encontra satisfação através disso.
15.
“Suponha uma pessoa tenha comido uma comida deliciosa e vomite. O que você
pensa, Sunakkhatta? Aquela pessoa poderia ter algum desejo em comer aquela
comida outra vez?”
“Não,
venerável senhor. Por que isso? Porque aquela comida será considerada
repulsiva.”
“Da mesma
forma, Sunakkhatta, quando uma pessoa se empenha pela base da nem percepção,
nem não percepção, o seu grilhão pela base do nada foi rejeitado. Ela, que se
empenha pela base da nem percepção, nem não percepção, deve ser compreendida
como uma pessoa não aprisionada pelo grilhão da base do nada.
16. “É
possível, Sunakkhatta, que uma pessoa tenha completo empenho por Nibbana.
Quando uma pessoa tem completo empenho por Nibbana, somente a conversa sobre
esse tipo de coisa lhe interessa e os seus pensamentos e ponderações estão de
acordo com isso e ela se associa com esse tipo de pessoa e encontra
satisfação através disso. Mas quando a conversa sobre a base da nem percepção,
nem não percepção estiver ocorrendo, ela não irá ouví-la ou dar-lhe atenção ou
esforçar a mente para compreendê-la. Ela não se associa com esse tipo de pessoa
e não encontra satisfação através disso.
17. “Tal
como uma palmeira com o topo cortado é incapaz de crescer outra vez, da mesma
forma, Sunakkhatta, quando uma pessoa tem completo empenho por Nibbana, o seu
grilhão da base da nem percepção, nem não percepção foi cortado pela raiz,
feito como com um tronco de palmeira, eliminado de forma que não mais estará
sujeito a um futuro surgimento. Ela, que tem completo empenho por Nibbana, deve
ser compreendida como uma pessoa não aprisionada pelo grilhão da base da nem
percepção, nem não percepção.
18. “É
possível, Sunakkhatta, que algum bhikkhu possa pensar o seguinte: ‘O desejo foi
chamado de flecha pelo Contemplativo; [7] o humor venenoso da ignorância se espalha através do
desejo, cobiça e má vontade. A flecha do desejo foi removida de mim; o humor venenoso
da ignorância foi expulso. Eu sou um dos que tem completo empenho por Nibbana.’
Como ele pensa assim de si mesmo, de forma falsa, [8] ele poderá se dedicar àquelas
coisas que são inadequadas para alguém que tenha completo empenho por Nibbana.
Ele poderá se dedicar à visão de formas inadequadas com o olho, ele poderá se
dedicar a sons inadequados com o ouvido, aromas inadequados com o nariz,
sabores inadequados com a língua, tangíveis inadequados com o corpo ou objetos
mentais inadequados com a mente. Ao se dedicar à visão de formas inadequadas
com o olho … objetos mentais inadequados com a mente, a cobiça invade a sua
mente. Com a mente invadida pela cobiça, ele estaria sujeito à morte ou ao
sofrimento igual à morte.
19. “Suponha,
Sunakkhatta, que um homem fosse ferido com uma flecha besuntada com muito
veneno e os seus amigos e companheiros, seus pares e parentes, trouxessem um
cirurgião. O cirurgião cortaria em volta da ferida com uma faca e então
examinaria a flecha com uma sonda e em seguida removeria a flecha e expulsaria
o humor venenoso, porém deixando um pouco do veneno. Sabendo que um pouco de
veneno havia sido deixado, ele diria: ‘Bom homem, a flecha foi removida; o
humor venenoso foi expulso deixando porém um pouco do veneno, incapaz de lhe
causar dano. Coma apenas comida adequada; não coma comida inadequada, se não a
ferida poderá supurar. De tempos em tempos, lave a ferida e de tempos em
tempos, unte o corte, de forma que o sangue e pus não cubram o corte da ferida.
Não caminhe sob o vento e o sol, se não a poeira e a sujeira poderão infectar o
corte da ferida. Cuide do seu ferimento, bom homem e assegure-se de que a
ferida esteja curada.’
20. “O
homem pensaria: ‘A flecha foi removida; o humor venenoso foi expulso sem restar
nenhum veneno e é incapaz de me causar dano.’ Ele comeria comida inadequada e a
ferida supuraria. De tempos em tempos, ele não lavaria a ferida e de tempos em
tempos, ele não untaria o corte, de forma que sangue e pus cobririam o corte da
ferida. Ele caminharia sob o vento e o sol e a poeira e a sujeira infectariam o
corte da ferida. Ele não cuidaria do seu ferimento, nem se asseguraria de que a
ferida estivesse curada. Assim, tanto porque ele fez o que era inadequado como
porque o humor venenoso havia sido expulso, porém deixando um pouco do veneno,
a ferida incharia e com esse inchaço ele estaria sujeito à morte ou ao
sofrimento igual à morte.
21. “Da
mesma forma, Sunakkhatta, é possível que algum bhikkhu possa pensar o seguinte:
‘O desejo foi chamado de flecha pelo Contemplativo; o humor venenoso da
ignorância se espalha através do desejo, cobiça e má vontade. A flecha do
desejo foi removida de mim; o humor venenoso da ignorância foi expulso. Eu sou
um dos que tem completo empenho em Nibbana.’ ...(igual ao verso 18)...Com a
mente invadida pela cobiça, ele estaria sujeito à morte ou ao sofrimento
igual à morte.
22. “Pois é
a morte na Disciplina dos Nobres, Sunakkhatta, quando alguém abandona o treinamento
e reverte para a vida mundana; e é sofrimento igual à morte quando alguém comete
uma transgressão impura. [9]
23. “É possível, Sunakkhatta, que algum bhikkhu possa pensar o seguinte:
‘O desejo foi chamado de flecha pelo Contemplativo; o humor venenoso da
ignorância se espalha através do desejo, cobiça e má vontade. A flecha do
desejo foi removida de mim; o humor venenoso da ignorância foi expulso. Eu sou
um dos que tem completo empenho por Nibbana.’ Sendo um dos que realmente tem
empenho por Nibbana, ele não irá se dedicar àquelas coisas que são inadequadas
para alguém que tenha completo empenho por Nibbana. Ele não irá se dedicar à
visão de formas inadequadas com o olho, ele não irá se dedicar a sons inadequados com o ouvido, odores inadequados
com o nariz, sabores inadequados com a língua, tangíveis inadequados com o
corpo ou objetos mentais inadequados com a mente. Como ele não se dedica à
visão de formas inadequadas com o olho ... objetos mentais inadequados com a
mente, a cobiça não invade a sua mente. Como a sua mente não está invadida pela
cobiça, ele não estaria sujeito à morte ou ao sofrimento igual à morte.
24.
“Suponha, Sunakkhatta, que um homem fosse ferido com uma flecha besuntada com
muito veneno e os seus amigos e companheiros, seus pares e parentes, trouxessem
um cirurgião. O cirurgião cortaria em volta da ferida com uma faca e então
examinaria a flecha com uma sonda e em seguida removeria a flecha e expulsaria
o humor venenoso sem deixar nenhum vestígio. Sabendo que nenhum veneno havia
sido deixado, ele diria: ‘Bom homem, a flecha foi removida ; o humor venenoso
foi expulso sem deixar nenhum vestígio,
incapaz de lhe causar dano. Coma apenas comida adequada; não coma comida
inadequada, se não a ferida poderá supurar. De tempos em tempos, lave a ferida
e de tempos em tempos, unte o corte, de forma que o sangue e pus não cubram o
corte da ferida. Não caminhe sob o vento e o sol, se não a poeira e a sujeira
poderão infectar o corte da ferida. Cuide do seu ferimento, bom homem, e
assegure-se de que a ferida esteja curada.’
25. “O
homem pensaria: ‘A flecha foi removida; o humor venenoso foi expulso sem restar
nenhum vestígio e é incapaz de me causar dano.’ Ele comeria comida adequada e a
ferida não supuraria. De tempos em tempos, ele lavaria a ferida e de tempos em
tempos, ele untaria o corte, de forma que o sangue e pus não cobririam o corte
da ferida. Ele não caminharia sob o vento e o sol e a poeira e a sujeira não
infectariam o corte da ferida. Ele cuidaria do seu ferimento e procuraria
assegurar-se de que a ferida estivesse curada. Então, tanto porque ele fez o
que era adequado como porque o humor venenoso havia sido expulso sem restar
nenhum vestígio, a ferida se curaria e estando curada coberta com pele, ele não
estaria sujeito à morte ou ao sofrimento igual à morte.
26. “Da
mesma forma, Sunakkhatta, é possível que algum bhikkhu possa pensar o seguinte:
‘O desejo foi chamado de flecha pelo Contemplativo; o humor venenoso da
ignorância se espalha através do desejo, cobiça e má vontade. A flecha do
desejo foi removida de mim; o humor venenoso da ignorância foi expulso. Eu sou
um dos que tem completo empenho por Nibbana.’ Sendo um dos que realmente tem
empenho por Nibbana, ele não irá se dedicar àquelas coisas que são inadequadas
para alguém que tenha completo empenho por Nibbana ... (igual ao verso 23) ...
Como a sua mente não está invadida pela cobiça, ele não estaria sujeito à morte
ou ao sofrimento igual à morte.
27. “Sunakkhatta, eu citei esse símile de forma a transmitir uma idéia.
A idéia é a seguinte: ‘Ferida’ é um termo para as seis bases internas, ‘Humor
venenoso’ é um termo para ignorância. ‘Flecha’ é um termo para o desejo.
‘Instrumento’ é um termo para a atenção plena. ‘Faca’ é um termo para a nobre
sabedoria. ‘Cirurgião’ é um termo para o Tathagata, um arahant,
perfeitamente iluminado.
28.
“Quando, Sunakkhatta, um bhikkhu pratica a contenção nas seis bases de contato,
tendo compreendido que as aquisições são a raiz do sofrimento, [10] se livra das aquisições
e é libertado através da destruição das aquisições, não é possível que ele
dirija o seu corpo ou estimule a sua mente para quaisquer aquisições.
29.
“Suponha, Sunakkhatta, que houvesse uma taça de bronze com uma bebida com boa
cor, cheiro e sabor, mas estivesse misturada com veneno, e viesse um homem que deseja viver, não morrer, que deseja o
prazer e evita a dor. [11] O que você pensa, Sunakkhatta, aquele homem
beberia aquela taça de bebida, sabendo: ‘Se eu beber isto estarei sujeito à
morte ou ao sofrimento igual à morte’?” – “Não, venerável senhor.” – “Da mesma
forma, quando um bhikkhu pratica a contenção nas seis bases de contato, tendo compreendido que as aquisições são a
raiz do sofrimento, se livra das aquisições e é libertado através da destruição
das aquisições, não é possível que ele dirija o seu corpo ou estimule a sua
mente para quaisquer aquisições.
30.
“Suponha, Sunakkhatta, que houvesse uma cobra venenosa mortífera e viesse um
homem que deseja viver, não morrer, que deseja o prazer e evita a dor. O que
você pensa, Sunakkhatta, aquele homem daria a sua mão ou o dedo para a cobra
venenosa mortífera, sabendo: ‘Se eu for picado por ela estarei sujeito à morte
ou ao sofrimento igual à morte’?” – “Não, venerável senhor.” – “Da mesma forma,
quando um bhikkhu pratica a contenção nas seis bases de contato, tendo
compreendido que as aquisições são a raiz do sofrimento, se livra das aquisições
e é libertado através da destruição das aquisições, não é possível que ele
dirija o seu corpo ou estimule a sua mente para quaisquer aquisições.”
Isso foi o que disse o Abençoado. Sunakkhatta, filho dos Licchavis,
ficou satisfeito e contente com as palavras do Abençoado.”
Notas:
[1] Veja o MN12, nota 1. [Retorna]
[2] Adhimanena. MA: Eles declaram isto por presunção,
considerando terem alcançado o que ainda não alcançaram. [Retorna]
[3] MA: Para que eles compreendam o nível de realização que alcançaram. [Retorna]
[4] MA: Como eles estão motivados pela cobiça, o pensamento do Tathagata
de ensinar o Dhamma, que surge em relação a praticantes verdadeiros, muda (isto é, desaparece). [Retorna]
[5] Lokamisa. Estes são os cinco elementos do prazer
sensual. [Retorna]
[6] Anenja (BBS); ananja (PTS). Este é um termo técnico para
as realizações meditativas do quarto jhana mais as quatro realizações imateriais. Mas como as duas últimas realizações imateriais são
tratadas em separado, parece que neste sutta apenas o quarto jhana e as duas primeiras
realizações imateriais são entendidas como o “imperturbável.” [Retorna]
[7] O Buda. [Retorna]
[8] Este trecho se refere ao problema da superestimação com a qual o
discurso começou. [Retorna]
[9] Qualquer transgressão das duas categorias, parajika e sanghadisesa; veja MN 104, nota 12. A analogia é difícil de ser aplicada de forma precisa já que se o desejo e a ignorância tivessem realmente sido removidos dele, restando porém um pouco, o bhikkhu seria um sekha; no entanto é inconcebível que um sekha abandone o treinamento ou cometa uma transgressão impura. Parece que neste caso a analogia deve ser aplicada de forma livre e o bhikkhu deve ser entendido como alguém que imagina de forma incorreta que o desejo e a ignorância tenham sido removidos dele.[Retorna]
[10] Como no MN 66.17. [Retorna]
[11] Como no MN 46.19.
[Retorna]
Revisado: 11 Junho 2005
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