Majjhima Nikaya 137
Salayatanavibhanga Sutta
A Análise das Seis Bases
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1. Assim
ouvi. Em certa ocasião o Abençoado estava em Savatthi no Bosque de Jeta, no
Parque de Anathapindika. Lá ele se dirigiu aos monges desta forma: “Bhikkhus”.
– “Venerável Senhor”, eles responderam. O Abençoado disse o seguinte:
2.
“Bhikkhus, eu ensinarei para vocês a análise das seis bases. Ouçam e prestem
muita atenção ao que vou dizer.” – “Sim, venerável senhor,” os bhikkhus
responderam. O Abençoado disse o seguinte:
3. “As seis
bases internas devem ser compreendidas. As seis bases externas devem ser
compreendidas. As seis classes de consciência devem ser compreendidas. As seis
classes de contato devem ser compreendidas. Os dezoito tipos de examinação
mental devem ser compreendidos. As trinta e seis posições dos seres devem ser
compreendidas. Nesse sentido, ao depender disso, abandonem aquilo. Há três
fundamentos da atenção plena que o Nobre cultiva, cultivando-os o Nobre é um
mestre apto a ensinar um grupo. Dentre os mestres, ele é aquele chamado de
mestre incomparável de pessoas preparadas para serem treinadas. Este é o
sumário da análise das seis bases.
4. “’As
seis bases internas devem ser compreendidas.’ Assim foi dito. E com referência
a que foi dito isso? Há a base do olho, a base do ouvido, a base do nariz, a
base da língua, a base do corpo e a base da mente. Assim foi em referência a
isso que foi dito: ‘As seis bases
internas devem ser compreendidas.’
5. “’As
seis bases externas devem ser compreendidas.’ Assim foi dito. E com referência a
que foi dito isso? Há a base da forma, a base do som, a base do aroma, a base
do sabor, a base tangível e a base do objeto mental. Assim foi em referência a
isso que foi dito: ‘As seis bases
externas devem ser compreendidas.’
6. “’As
seis classes de consciência devem ser compreendidas.’ Assim foi dito. E com
referência a que foi dito isso? Na dependência do olho e das formas, a
consciência no olho surge; na dependência do ouvido e dos sons, a consciência
no ouvido surge; na dependência do nariz e dos aromas, a consciência no nariz
surge; na dependência da língua e dos sabores, a consciência na língua surge;
na dependência do corpo e dos tangíveis, a consciência no corpo surge; na
dependência da mente e dos objetos mentais, a consciência na mente surge. Portanto,
foi com referência a isso que foi dito:
‘As seis classes de consciência devem ser compreendidas.’
7. “’As
seis classes de contato devem ser compreendidas.’ Assim foi dito. E com
referência a que foi dito isso? Há o contato no olho, o contato no ouvido, o
contato no nariz, o contato na língua, o contato no corpo e o contato na mente.
Assim foi em referência a isso que foi dito: ‘As seis classes de contato devem
ser compreendidas.’
8. “’Os dezoito tipos de examinação mental devem ser compreendidos.’ [1] Assim foi dito. E com referência a que foi
dito isso? Ao ver uma forma com o olho, ele examina uma forma produtora de
alegria, ele examina uma forma produtora de tristeza, ele examina uma forma
produtora de equanimidade. [2] Ao ouvir um som
com o ouvido ... Ao cheirar um aroma com o nariz ... Ao saborear um sabor com a
língua ... Ao tocar um tangível com o corpo ... Ao conscientizar um objeto mental
com a mente, ele examina um objeto mental produtor de alegria, ele examina um
objeto mental produtor de tristeza, ele examina um objeto mental produtor de
equanimidade. Portanto, há seis tipos de examinação com alegria, seis tipos de
examinação com tristeza e seis tipos de examinação com equanimidade. Assim foi
em referência a isso que foi dito: ’Os dezoito tipos de examinação mental devem
ser compreendidos.’
9. “’As trinta e seis posições dos seres devem ser compreendidas.’ [3] Assim foi dito. E com referência a que foi
dito isso? Há seis tipos de alegria baseados na vida em família e seis tipos de
alegria baseados na renúncia. [4] Há seis
tipos de tristeza baseados na vida em família e seis tipos de tristeza baseados
na renúncia. Há seis tipos de equanimidade baseados na vida em família e seis
tipos de equanimidade baseados na renúncia.
10. “Em
vista disso, quais são os seis tipos de alegria baseados na vida em família?
Quando alguém considera como uma aquisição a aquisição de formas conscientizadas
através do olho que são desejáveis, agradáveis e fáceis de serem gostadas e
associadas com o mundano – ou quando alguém se recorda daquilo que foi
adquirido no passado e que já passou, cessou e mudou – a alegria surge. Uma
alegria como essa é chamada de alegria baseada na vida em família.
“Quando
alguém considera como uma aquisição a aquisição de sons conscientizados através do
ouvido ... a aquisição de aromas conscientizados através do nariz ... a aquisição de
sabores conscientizados através da língua ... a aquisição de tangíveis conscientizados
através do corpo ... a aquisição de objetos mentais conscientizados através da mente
que são desejáveis, agradáveis e fáceis de serem gostados e associados com o
mundano – ou quando alguém se recorda daquilo que foi adquirido no passado e
que já passou, cessou e mudou – a alegria surge. Uma alegria como essa é
chamada de alegria baseada na vida em família. Esses são os seis tipos de
alegria baseados na vida em família.
11. “Em
vista disso, quais são os seis tipos de alegria baseados na renúncia? Quando,
compreendendo a impermanência, mudança, desaparecimento e cessação das formas,
a pessoa vê como na verdade é, com correta sabedoria, que as formas do passado
e de agora, são todas impermanentes, insatisfatórias e sujeitas à mudança, a
alegria surge. Uma alegria como essa é chamada de alegria baseada na renúncia.[5]
“Quando,
compreendendo a impermanência, mudança, desaparecimento e cessação dos sons ...
dos aromas ... dos sabores ... dos tangíveis ... dos objetos mentais, a pessoa
vê como na verdade é, com correta sabedoria, que os objetos mentais do passado
e de agora, são todos impermanentes, insatisfatórios e sujeitos à mudança, a
alegria surge. Uma alegria como essa é chamada de alegria baseada na renúncia.
Esses são os seis tipos de alegria baseados na renúncia.
12. “Em
vista disso, quais são os seis tipos de tristeza baseados na vida em família?
Quando alguém considera como uma não aquisição a não aquisição de formas
conscientizadas através do olho que são desejáveis, agradáveis e fáceis de serem
gostadas e associadas com o mundano – ou quando alguém se recorda daquilo que
não foi adquirido no passado e que já passou, cessou e mudou – a tristeza
surge. Uma tristeza como essa é chamada de tristeza baseada na vida em família.
“Quando
alguém considera como uma não aquisição a não aquisição de sons conscientizados
através do ouvido ... a não aquisição de aromas conscientizados através do nariz ...
a não aquisição de sabores conscientizados através da língua ... a não aquisição de
tangíveis conscientizados através do corpo ... a não aquisição de objetos mentais
conscientizados através da mente que são desejáveis, agradáveis e fáceis de serem
gostados e associados com o mundano – ou quando alguém se recorda daquilo que
não foi adquirido no passado e que já passou, cessou e mudou – a tristeza
surge. Uma tristeza como essa é chamada de tristeza baseada na vida em família.
Esses são os seis tipos de tristeza baseados na vida em família.
13. “Em vista disso, quais são os seis tipos de tristeza baseados na
renúncia? Quando, compreendendo a impermanência, mudança, desaparecimento e
cessação das formas, a pessoa vê como na verdade é, com correta sabedoria, que
as formas do passado e de agora, são todas impermanentes, insatisfatórias e
sujeitas à mudança, a pessoa gera a aspiração pela libertação suprema assim:
‘Quando irei penetrar e permanecer naquela base que os nobres agora penetram e
permanecem?’ [6] Naquele que assim gera a
aspiração pela libertação suprema, a tristeza surge tendo essa aspiração como
condição. Uma tristeza como essa é chamada de tristeza baseada na renúncia.
“Quando,
compreendendo a impermanência, mudança, desaparecimento e cessação dos sons ...
dos aromas ... dos sabores ... dos tangíveis ... dos objetos mentais, a pessoa
vê como na verdade é, com correta sabedoria, que os objetos mentais do passado
e de agora, são todos impermanentes, insatisfatórios e sujeitos à mudança, a
pessoa gera a aspiração pela libertação suprema assim: ‘Quando irei penetrar e
permanecer naquela base que os nobres agora penetram e permanecem?’ Naquele que
assim gera a aspiração pela libertação suprema, a tristeza surge tendo essa
aspiração como condição. Uma tristeza como essa é chamada de tristeza baseada
na renúncia. Esses são os seis tipos de tristeza baseados na renúncia.
14. “Em
vista disso, quais são os seis tipos de equanimidade baseados na vida em
família? Ao ver uma forma com o olho, a equanimidade surge numa pessoa comum,
tola e obcecada, numa pessoa comum sem instrução, que não conquistou as suas
limitações ou que não conquistou o resultado [das ações] e que está cega ao
perigo. Uma equanimidade como essa não transcende a forma; é por isso que ela é
chamada de equanimidade baseada na vida em família. [7]
“Ao ouvir um
som com o ouvido ... Ao cheirar um aroma com o nariz ... Ao saborear um sabor
com a língua ... Ao tocar um tangível com o corpo ... Ao conscientizar um objeto
mental com a mente, a equanimidade surge numa pessoa comum, tola e obcecada,
numa pessoa comum, sem instrução, que não conquistou as suas limitações ou que
não conquistou o resultado [das ações] e que está cega ao perigo. Uma
equanimidade como essa não transcende os objetos mentais; é por isso que ela é
chamada de equanimidade baseada na vida em família. Esses são os seis tipos de
equanimidade baseados na vida em família.
15. “Em
vista disso, quais são os seis tipos de equanimidade baseados na renúncia?
Quando, compreendendo a impermanência, mudança, desaparecimento e cessação das
formas, a pessoa vê como na verdade é, com correta sabedoria, que as formas do
passado e de agora, são todas impermanentes, insatisfatórias e sujeitas à
mudança, a equanimidade surge. Uma equanimidade como essa transcende a forma; é
por isso que ela é chamada de equanimidade baseada na renúncia.[8]
“Quando,
compreendendo a impermanência, mudança, desaparecimento e cessação dos sons ...
dos aromas ... dos sabores ... dos tangíveis ... dos objetos mentais, a pessoa vê
como na verdade é, com correta sabedoria, que os objetos mentais do passado e
de agora, são todos impermanentes, insatisfatórios e sujeitos à mudança, a
equanimidade surge. Uma equanimidade como essa transcende os objetos mentais; é
por isso que ela é chamada de equanimidade baseada na renúncia. Esses são os
seis tipos de equanimidade baseados na renúncia.
“Assim foi
em referência a isso que foi dito: ’As trinta e seis posições dos seres devem
ser compreendidas.’
16. “’Em
vista disso, ao depender disso, abandonem aquilo.’ Assim foi dito. E com
referência a que foi dito isso? Aqui, bhikkhus, ao depender e confiar nos seis
tipos de alegria baseados na renúncia, abandonem e superem os seis tipos de
alegria baseados na vida em família. É assim que estes são abandonados; é assim
que estes são superados. Ao depender e confiar nos seis tipos de tristeza
baseados na renúncia, abandonem e superem os seis tipos de tristeza baseados na
vida em família. É assim que estes são abandonados; é assim que estes são superados.
Ao depender e confiar nos seis tipos de equanimidade baseados na renúncia,
abandonem e superem os seis tipos de equanimidade baseados na vida em família.
É assim que estes são abandonados; é assim que estes são superados.
“Ao
depender e confiar nos seis tipos de alegria baseados na renúncia, abandonem e
superem os seis tipos de tristeza baseados na renúncia. É assim que estes são
abandonados; é assim que estes são superados. Ao depender e confiar nos seis
tipos de equanimidade baseados na renúncia, abandonem e superem os seis tipos
de alegria baseados na renúncia. É assim que estes são abandonados; é assim que
estes são superados.
17. “Há, bhikkhus, a equanimidade que é diversificada, baseada na
diversidade, e existe a equanimidade que é unificada, baseada na unidade. [9]
18. “E o que bhikkhus, é a equanimidade que é diversificada, baseada na
diversidade? Há equanimidade em relação a formas, sons, aromas, sabores e
tangíveis. Essa, bhikkhus é a equanimidade que é diversificada, baseada na
diversidade.
19. “E o
que bhikkhus, é a equanimidade que é unificada, baseada na unidade? Há
equanimidade em relação à base do espaço infinito, à base da consciência
infinita, à base do nada, à base da nem percepção, nem não percepção. Essa,
bhikkhus é a equanimidade que é
unificada, baseada na unidade.
20. “Aqui,
bhikkhus, ao depender e confiar na equanimidade que é unificada, baseada na
unidade, abandonem e superem a equanimidade que é diversificada, baseada na
diversidade. É assim que esta é abandonada; é assim que esta é superada.[10]
“Bhikkhus,
ao depender e confiar na não identificação, [11] abandonem e superem a equanimidade que é unificada, baseada na
unidade. É assim que esta é abandonada; é assim que esta é superada.
“Assim foi
em referência a isso que foi dito: ’Em vista disso, ao depender disso,
abandonem aquilo.’
21. “’Há
três fundamentos da atenção plena que o Nobre cultiva, cultivando-os o Nobre é
um mestre apto a ensinar um grupo.’[12] Assim
foi dito. E com referência a que foi dito isso?
22. “Aqui,
bhikkhus, compassivo e buscando o bem-estar deles, o Mestre ensina o Dhamma aos
discípulos por compaixão: ‘Isto é para o seu bem-estar; isto é para a sua
felicidade.’ Os discípulos dele não querem escutar ou dar ouvidos, ou esforçar
a mente para compreender; eles erram e se afastam da Revelação do Mestre.
Devido a isso, o Tathagata não fica satisfeito e não sente satisfação; no
entanto ele permanece imóvel, com atenção plena e plena consciência. Este,
bhikkhus, é denominado o primeiro fundamento da atenção plena que o Nobre
cultiva e cultivando-a o Nobre é um mestre apto a ensinar um grupo.
23. “Além
disso, bhikkhus, compassivo e buscando o bem-estar deles, o Mestre ensina o
Dhamma aos discípulos por compaixão: ‘Isto é para o seu bem-estar; isto é para
a sua felicidade.’ Alguns discípulos dele não querem escutar ou dar ouvidos, ou
esforçar a mente para compreender; eles erram e se afastam da Revelação do
Mestre. Alguns discípulos dele escutam e dão ouvidos e esforçam a mente para
compreender; eles não erram e não se afastam da Revelação do Mestre. Devido a
isso o Tathagata não fica satisfeito e não sente satisfação, e ele não fica
insatisfeito e não sente insatisfação, permanecendo livre tanto da satisfação
como da insatisfação, ele permanece equânime, com atenção plena e plena
consciência. Este, bhikkhus, é denominado o segundo fundamento da atenção plena
que o Nobre cultiva, cultivando-a o Nobre é um mestre apto a ensinar um grupo.
24. “Além
disso, bhikkhus, compassivo e buscando o bem-estar deles, o Mestre ensina o
Dhamma aos discípulos por compaixão: ‘Isto é para o seu bem-estar; isto é para a
sua felicidade.’ Os discípulos dele escutam e dão ouvidos e esforçam a mente
para compreender; eles não erram e não se afastam da Revelação do Mestre.
Devido a isso o Tathagata fica satisfeito e sente satisfação; no entanto, ele
permanece imóvel, com atenção plena e plena consciência. Este, bhikkhus, é
denominado o terceiro fundamento da atenção plena que o Nobre cultiva,
cultivando-a o Nobre é um mestre apto a ensinar um grupo.
“Assim foi
em referência a isso que foi dito: ‘Há três fundamentos da atenção plena que o
Nobre cultiva, cultivando-os o Nobre é um mestre apto a ensinar um grupo.’
25.
“’Dentre os mestres ele é aquele chamado de líder insuperável de pessoas
preparadas para serem treinadas, mestre de devas e humanos.’ [13]
Assim foi dito. E com referência a que foi dito isso? Guiado
pelo domesticador de elefantes, bhikkhus, o elefante a ser domesticado vai numa
direção – leste, oeste, norte ou sul. Guiado pelo domesticador de cavalos,
bhikkhus, o cavalo a ser domesticado vai numa direção – leste, oeste, norte ou
sul. Guiado pelo domesticador de bois, bhikkhus, o boi a ser domesticado vai
numa direção – leste, oeste, norte ou sul.
26. “Bhikkhus, guiado pelo Tathagata, um arahant, perfeitamente iluminado, o
discípulo a ser treinado vai em oito direções. [14]
“Possuindo forma material, ele vê a forma: essa é a primeira direção.
Não percebendo a forma no interior, ele vê a forma no exterior: essa é a
segunda direção. Ele está decidido apenas pelo belo: essa é a terceira direção.
Com a completa superação das percepções da forma, com o desaparecimento das
percepções do contato sensorial, com a não atenção às percepções da
diversidade, consciente que o ‘espaço é infinito,’ ele entra e permanece na
base do espaço infinito: essa é a quarta direção. Com a completa superação da
base do espaço infinito, consciente que a ‘consciência é infinita,’ ele entra e
permanece na base da consciência infinita: essa é a quinta direção. Com a
completa superação da base da consciência infinita, consciente de que ‘não há
nada,’ ele entra e permanece na base do nada: essa é a sexta direção. Com a
completa superação da base do nada, ele entra e permanece na base da nem
percepção, nem não percepção: essa é a sétima direção. Com a completa superação
da base da nem percepção, nem não percepção, ele entra e permanece na cessação
da sensação e percepção: essa é a oitava direção.
“Bhikkhus,
guiado pelo Tathagata, um arahant, perfeitamente iluminado, o discípulo a ser
treinado vai nessas oito direções.
28. “Assim
foi em referência a isso que foi dito: ‘Dentre os mestres ele é aquele chamado
de líder insuperável de pessoas preparadas para serem treinadas, mestre de
devas e humanos.’”
Isso foi o
que disse o Abençoado. Os bhikkhus ficaram satisfeitos e contentes com as
palavras do Abençoado.
Notas:
[1] MA: A examinação mental, (manopavicara),
é o pensamento aplicado e o pensamento sustentado. A pessoa examina, (ou
explora, upavicarati), o objeto através da ocorrência do pensamento
sustentado, (vicara), e o pensamento aplicado está associado com este
último. [Retorna]
[2] MA: Tendo visto uma forma por meio da
consciência no olho, ele examina uma forma que, como um objeto, é a causa de
alegria, (tristeza, equanimidade). [Retorna]
[3] MA: Essas são as posições, (pada),
para os seres que estão focados no ciclo de existências e para aqueles focados
na cessação desse ciclo. [Retorna]
[4] MA: “Baseado na vida em família” significa
conectado com os elementos do prazer sensual; “baseado na renúncia” significa
conectado com o insight. [Retorna]
[5] MA: Essa é a alegria que surge quando, ao
ter estabelecido o insight, o meditador observa através do foco aguçado e
luminoso a dissolução das formações. [Retorna]
[6] MA explica a “libertação suprema” e “aquela
base” como o estado de arahant. Veja o MN 44.28. [Retorna]
[7] MA: Essa é a equanimidade da ignorância
que surge naquele que não conquistou as limitações impostas pelas contaminações
ou os futuros resultados (das ações). Ela “não transcende a forma” porque está
grudada, presa ao objeto como moscas presas a um torrão de açúcar. [Retorna]
[8] MA: Essa é a equanimidade associada com o
conhecimento proveniente do insight. A pessoa não se torna cobiçosa em relação
a objetos desejáveis que entram em contato com os sentidos, nem se torna
aversiva devido a objetos indesejáveis. [Retorna]
[9] MA menciona que a equanimidade mundana já
foi discutida antes, aqui o contraste é feito entre a equanimidade proveniente de distintas experiências
sensuais e a equanimidade das realizações meditativas. [Retorna]
[10] MA parafraseia: “Através da equanimidade
das realizações imateriais, abandone a equanimidade das
realizações da matéria sutil (jhanas); através do insight da esfera imaterial,
abandone o insight da esfera da matéria sutil.” [Retorna]
[11] MA diz que a “não identificação”, (atammayatta
– veja o MN 113, nota 3), neste caso, se refere ao
“insight que conduz ao surgimento,” isto é, o insight que precede imediatamente
o surgimento do caminho supramundano; pois ele efetiva o abandono da
equanimidade das realizações imateriais e da equanimidade do insight. [Retorna]
[12] Satipatthana neste
caso tem um significado distinto do habitual, tal como ficará claro na
seqüência. O “Nobre” é o Buda. [Retorna]
[13] Este é um dos nove epítetos do Buda que
aparece na habitual enumeração das qualidades do Buda. [Retorna]
[14] Estas “oito direções” são as oito
libertações. Veja o MN 77, nota 4. [Retorna]
Revisado: 16 Abril 2013
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