Sutta Nipata V.13
Udaya-manava-puccha
As Perguntas de Udaya
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Venerável Udaya:
Faço uma pergunta para aquele sentado em jhana,
que está livre da paixão, fez o que deve ser feito, livre das impurezas,
tendo ido para a outra margem de todos os fenômenos.
Proclame a libertação através do entendimento, a destruição da ignorância.
O Buda:
O abandono de ambos: desejos sensuais e angústia, a dissipação da preguiça, o distanciamento das perplexidades.
Com a equanimidade e a atenção plena purificadas, investigando os fenômenos
mentais, isso eu digo, é a libertação através do entendimento, [1]
a destruição da ignorância. [2]
Udaya:
Qual é o grilhão do mundo? Com o que o mundo é examinado?
Através do abandono do que, é dito que há nibbana?
O Buda:
O grilhão do mundo é o deleite. O mundo é examinado com o pensamento aplicado.
Através do abandono do desejo, é dito que há nibbana.
Udaya:
Como o fluxo da consciência é detido por aquele que permanece com atenção plena?
Nós perguntamos ao Abençoado. Queremos ouvir as suas palavras.
O Buda:
Aquele que não se deleita com a sensação, interna ou externa, aquele que assim permaneça com atenção plena, detem o fluxo da consciência. [3]
Notas:
[1] Para uma discussão do “conhecimento para a emancipação” – o estado
que consiste da absorção mental combinada com a análise dos estados mentais,
veja o AN IX.36. [Retorna]
[2] O AN III.33 contém uma discussão a respeito deste verso. O Buda diz
para o Venerável Sariputta que alguém deve treinar “de tal modo que com relação
a esta mentalidade-materialidade, não ocorra a fabricação de um eu ou a
fabricação do meu ou a presunção, de tal modo que com relação a todos os temas
externos [tópicos para concentração] não ocorra a fabricação de um eu ou a
fabricação do meu ou a presunção, e de que ele entre e permaneça na libertação
da mente e libertação através da sabedoria na qual não há a fabricação de um eu ou a fabricação
do meu ou a presunção,” Quando alguém treina dessa forma, ele é chamado aquele
que cortou o desejo, rompeu o grilhão e penetrando completamente a presunção
deu um fim ao sofrimento. Ele depois afirma que foi em conexão com esse estado
que ele disse este verso. [Retorna]
[3] Para uma discussão sobre “deter o fluxo da consciência” – mostrando
que não é uma aniquilação da consciência mas o fim da sua atividade
proliferativa, veja o SN XXII.53. [Retorna]
Revisado: 8 Novembro 2009
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